O regresso de “New Girl” para a sua derradeira temporada está ainda por agendar por isso nada como mergulhar no que aconteceu pelo ano passado.
A sexta temporada foi marcada pela mudança, com o loft a deixar de ser o elemento unificador da série, abrindo assim portas para explorar diferentes dinâmicas com os elementos do grupo. Foi uma temporada que conseguiu afastar-se em parte do romance excessivo e do will-they-won’t-they, permitindo então às personagens sair da zona de conforto, inclusive com Jess a aprender “português”. Não será certamente a temporada mais memorável mas não deixou de nos dar uma boa dose de comédia bem como algum amadurecimento que era necessário tendo em conta que já vamos no 6.º ano do grupo.
Com um grande foco na mudança de Cece e Schmidt, com obras à mistura, houve ainda assim bastante tempo para as personagens encontrarem também elas o seu “lugar”. Nick foi certamente quem teve o maior crescimento, em parte pelo mítico livro que esteve a escrever e que lhe acaba por dar algum propósito sem ser ver a barba crescer. A relação com Reagan tornou-o mais maduro, numa clara preparação para um futuro com Jess. Esta por sua vez também aprende (brevemente) a estar sozinha e a focar-se mais em si em vez de tentar resolver os problemas dos outros – ou seja, a não meter-se na vida dos outros sem ser chamada. Os outros 2 casais da série também vão aprendendo o “jogo” de cedências e vitórias, mostrando como os opostos conseguem funcionar tão bem e fazendo-nos torcer para mais tempo em cena, especialmente de Aly que se fosse por mim passava já a regular.
Sendo a séria uma comédia e não apenas um rol de relações, Winston e em parte também Schmidt continuam a ser os donos das piadas nesta série, mesmo que por vezes sejam ocasiões completamente nonsense ou engraçadas apenas pelas manias deste último. São raras as semanas em que Winston não mereça o prémio de MVP, quer com sex call temáticas, cenários de filmes pornográficos ou com o agora clássico “Winston-and-Cece-mess-around”. Mesmo em episódios mais fracos a série tem conseguido ser consistente naquilo que a diferencia que são mesmo as suas personagens. Com personalidades caricatas, formas de estar e agir únicas e uma estranha amizade que os une, seguir esta nova entrada na vida adulta foi muito interessante de ver, dedicando algum tempo aos seus trabalhos, aos seus sonhos futuros e à forma como as suas próprias relação têm necessariamente de mudar.
Até 2018 teremos ainda muito que esperar mas é com bastante curiosidade que aguardamos não fosse o episódio final nos ter deixado propositadamente pendurados. Para além de Jess e Nick terem aqui uma oportunidade de se redimir dos erros passados, o melhor será certamente ver como um novo elemento na vida de Cece e Schmidt irá mudar a dinâmica do grupo. De Winston esperamos também um merecido desenvolvimento que embora mais “sério” será certamente atacado com muita graça.