O segundo episódio de “Star Trek: Discovery” reflecte a razão para que ambos os episódios tenham sido exibidos continuamente: é como se fossem um filme, com princípio, meio e fim.
Guerra. Não há volta a dar. Por mais que as acções da Michael Burnham tenham precipitado a um conflito com os Klingons, é a determinação de T’Kuvma em deixar a sua marca na História como o renascido Kahless, unindo as 24 casas Klingon e despoletando uma guerra contra a Federação, que serve como catalisador para o início do confronto. As suas acções são calculadas, as suas motivações estabelecidas, a sua vilania palpável. Não há nada que o demova de atingir os seus objectivos.
Como seu oponente, uma Federação ingénua, encharcada por valores tradicionais que lhes toldam a visão. Os avisos de Burnham soam como se de uma premonição se tratasse, mas as suas acções são encaradas como precipitadas, irreflectidas e até desrespeitosas. É sempre assim… os revolucionários são crucificados mesmo que tenham toda a razão do mundo e os acomodados pagam as consequências da sua passividade.
Avança a batalha. Os efeitos especiais voltam a saltar à vista. É inegável que são uma das maiores valias da série. A história, por sua vez, mantém-se, tal como se tinha percebido no primeiro episódio, muito direccionada a elevar a protagonista, mesmo quando ela passa boa parte do episódio em cativeiro.
Por entre explosões e Burnham sobra pouco espaço para o resto, mas o suficiente para dotar o vilão de alguma consistência. Mas este, tal como a Captain Georgiou, são os primeiros a despedir-se desta história. Nada que surpreendesse os devotos aos créditos iniciais (magníficos, por sinal), a quem não passou despercebido o estatuto de “guest star” atribuído a Michelle Yeoh, indicando uma participação temporária.
I wanted to protect them from war, from the enemy. And now we are at war… and I am the enemy.
Poderosos minutos finais, onde a escuridão abraça a Burnham e a Sonequa Martin-Green deslumbra no papel de alguém que terá de suportar o peso das suas acções, de alguém que acabou de alterar a História de várias civilizações.
O final do episódio, carregado de emoção e incerteza, é quase como que um final de temporada. E agora? É a pergunta que imediatamente nos assola. A diferença é que em vez de termos de esperar meses, saberemos a resposta já na próxima semana. Resposta essa que reserva certamente um papel de destaque para um notável ausente destes dois primeiros episódios de seu nome Jason Isaacs.
Gostei. Venham os próximos para ver qual o ritmo e estilo da narrativa da série.
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Fiquei um pouco decepcionado.
Positivo
Bons efeitos, boa historia
Negativo
Os actores deixam muito a desejar (fraquinhos, fraquinhos)
Dejavu….
Enfim vamos ver como se desenrola o 3º episódio
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Grandes efeitos especiais, e apresenta desde logo algo que em Star Trek muito faltou ao longo das décadas: boas batalhas espaciais. Os constrangimentos de orçamento, e a evolução dos efeitos especiais, ajudaram muito este episódio. Ainda assim, tenho pena que, até agora, e tirando a protagonista, pouco haja de concreto sobre as personagens…
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