Cerca de 400 anos depois da raça humana se ver exterminada por invasores alienígenas, três indivíduos são reavivados a fim de serem catapulta ao renascimento de uma civilização. Uma versão alternativa de Adão, Eva e um terceiro que segura a vela.
Poucos minutos no episódio-piloto torna-se perceptível que o orçamento é por demais reduzido, fazendo questão de ser lembrete ao espectador em quase todas as cenas. Até mesmo o cenário transparece como demasiado artificial, fruto de estúdio. Ao invés de se sentir como produto actual, “Extinct” parece carregar o peso de décadas às costas.
Não deixando que o bonito deserto a puxar para o laranja tolde a vista e o discernimento, a verdade é que a fotografia da série consegue ser péssima. Perto da recta final do episódio, há um momento frenético a la “Power Rangers” com imensa luz natural por entre a copa das árvores. Mero exemplo de um enquadramento totalmente sobreexposto que ilustra o quão amadora a série faz questão de se mostrar. Nos flashbacks a palete de cores muda para tonalidades mais claras, conseguindo ser ainda mais exacerbada na pós-produção. A intenção de distinguir passado e presente através da imagem, acaba por fazer com que nenhuma das linhas temporais transpareça como natural.
A banda-sonora parece da autoria de uma criança de quatro anos com acesso aos mais variados instrumentos musicais. Criada nos intervalos de desenhos animados. Constante e totalmente desadequada ao desenrolar da acção.
A escrita poderia ainda assim controlar o descarrilar. Quanto a essa, não há como não a colocar no mesmo cabaz de incompetência. Por entre uma ou outra reviravolta que em desespero agarram na boca do espectador até forçar o espanto, tudo não passa de uma troca de diálogos por demais comum e que exibe preguiça em almejar ser algo mais. Havendo um ou outro vislumbre de potencial que possa encaminhar a série a longo prazo, a verdade é que em “Extinct” tudo converge para a anular como um produto que só quis levar a sua premissa avante.