“Disjointed” um dia apareceu no meu menu da Netflix e entre acabar “The Crown” e recomeçar “House of Cards” pareceu-me uma boa série para fazer uma pausa de questões de governação. Só que não…
Olhando rapidamente para esta série há teoricamente 3 boas razões para, como eu, pegarem no comando e arriscarem ver o episódio piloto:
- Chuck Lorre que nos últimos 20 anos nos trouxe marcos televisivos como “Dharma&Greg”, “Two and a Half Men” ou “Big Bang Theory” é um dos criadores desta série;
- Nicole Sullivan, uma referência do tempo de “MADTv” e que merece o nosso respeito depois de ter sobrevivo ao vírus H1N1;
- Kathy Bathes que bem… é Kathy Bates.
Para quem ainda não adivinhou o tema pelo título, a série passa-se num dispensário de marijuana na Califórnia, gerido por uma verdadeira hippie e o seu filho negro recém-graduado. Sim, há uma série de piadas em torno deste “estranho” fenómeno que são famílias inter-raciais, daí a necessidade de fazer esta apresentação. Para além dos donos temos 3 empregados que não mostraram por enquanto grande personalidade e um veterano da guerra no Iraque virado segurança que poderá vir a trazer um tom mais sério à série mas que por enquanto tem alucinações em modo desenho animado que criam uma quebra desnecessária no episódio.
A minha embirração com este episódio começou logo com o “laugh track” que ou está demasiado alto ou é demasiado forçado. Noutras séries que estou actualmente a ver não me faz praticamente diferença mas no caso desta foi tão forçado que não me consegui abster. A sensação aliás foi de estar a ver um “2 Broke Girls” 2.0 que, para quem viu a série, sabe não ser uma boa comparação. À semelhança desta comédia as piadas andaram muito em redor de estereótipos e com gracejos tão banais que parecem escritos por um pré-adolescente que se ri com a palavra cocó mas que se aproveita da liberdade da Netflix para incluir uma asneira em cada frase.
Com a quantidade absurda de magníficas séries que podemos ver hoje em dia, baseado no piloto, diria que não vale de todo a pena perder tempo com esta série, mesmo com Kathy Bates a fazer um esforço para a salvar. Se é para ver uma comédia do Chuck Lorre mais vale pegar em “Mom” que consegue ter graça sem ser parva e tem personagens que são pessoas e não amostras unidimensionais de clichés que estão já bastante gastos.
Não vi, mas pela tua descrição tem tudo aquilo que abomino numa série. Pena, a Kathy Bates merece bem melhor.
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Se calhar é da idade, estou a ficar mais intolerante ahah
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