A série islandesa passa neste momento na RTP2 com o título “Encurralados”. Encontram os quatro primeiros episódios na RTP Play, sendo que o primeiro só já estará disponível nos próximos três dias. Aproveitem.
Criada por Baltasar Kormákur (realizador de “Everest”, “2 Guns”, “The Deep”, entre outros), “Ófærð”, também conhecida por “Trapped”, é mais uma prova da qualidade que as produções televisivas escandinavas têm vindo a exibir em anos recentes, tendo tornado-se, a pouco e pouco, referências no panorama televisivo mundial.
A premissa é simples e bem conhecida de todos: a rotina dos habitantes duma remota povoação islandesa é subitamente interrompida pela descoberta de um corpo mutilado, sendo que a investigação desse crime, liderada por três polícias locais, vai trazer a descoberto segredos inesperados tanto do passado como do presente.
É verdade que “Ófærð” não inova em nada, tratando-se de mais uma série policial, mas é um bom exemplo de como o ambiente e o tom característicos podem ser definidores de como se percepciona uma história. A envolvência, a proximidade apesar da distância (por mais remoto que seja o local onde se passa a história, os temas são universais), a contemplação das personagens (fazendo delas organismos e não meros veículos de estereótipos), a atenção ao detalhe, tudo isto são factores que contribuem para captar, e sobretudo manter, a atenção de quem se deixa seduzir pela história. E “Ófærð” tem-los.
Com um competente elenco liderado por Ólafur Darri Ólafsson (os fãs de “Banshee” talvez o reconheçam), em dez episódios “Ófærð” oferece motivos suficientes para figurar entre as minhas preferências televisivas recentes.
A segunda temporada está prometida para 2018.
Gostei. E a Islândia continua nos meus planos…
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