Best Of: 16 a 22 de Outubro

O “Best Of” dá destaque por diferentes elementos do TVDependente ao melhor momento televisivo da sua semana, seja um episódio actual, uma cena de uma série com 10 anos, uma música ou um plano único.

Carolina: Brooklyn Nine-Nine – HalloVeen (5×04)

O “assalto” do Halloween é já um clássico em “Brooklyn Nine-Nine” e sendo este o primeiro desde que Rosa e Jake saíram da prisão ainda mais impacto tinha. O episódio deu tudo o que a série nos habituou: esquemas e artimanhas de um grau de dificuldade cada vez mais complexo (com handmaids incluídas), piadas magníficas e cada personagem com uma oportunidade para brilhar à sua maneira.  Melhor de tudo, só mesmo o twist final que não só é um reflexo perfeito das personagens como um excelente paralelismo da sua relação no início da série.

Rui: “Me, Myself and I”, ou como o triplo egoísmo nos traz a redenção

Enquanto bocejava e olhava para o ecrã de TV pejado de desinteressantes programas de não sei quê e não sei que mais, pensava “ora o que que vou ver que não demore, seja inócuo e pelo menos faça sorrir”, esta uma das maiores dúvidas existenciais desta modernidade em colapso.

Um zapping recorde sintetizou toda a mediocridade em transmissão: programas de futebol gritado debatido por eunucos (yaaargh); debate de especialistas de aviário sobre incêndios (suspiro); a 3.ª temporada de “The Big Bang Theory” (gosto de arqueologia, mas sejamos sinceros, há mais vida num túmulo egípcio do que aqui); duas novelas iguais em dois canais televisivos da concorrência (espantoso… pelo menos parecia); aquela série muito fraca dos policias no Havai que dá para ai na FOX (dispenso). Até que…

Vi a luz.

Uma sériezinha chamada “Me, Myself and I”. Primeiro a dúvida “vejo um ou dois episódios e ponho de lado”; depois o erguer de sobrolho “bem, bem, melhorzito do que esperava”; depois o descair da queixada “olha que isto… bem isto, não é bom, é muito bom!”. No final a certeza: do que vi até agora – que não foi muito – esta talvez seja/venha a ser a melhor coisa desta season!!!!

syrin: This is Us – Memphis (1×16)

Pode parecer estranho, em pleno começo de nova temporada, estar a falar de um episódio que foi exibido há 8 meses, especialmente tratando-se de uma série cuja segunda temporada já estreou. Mas a verdade é que rever séries é uma das coisas que esta sérieólica mais gosta de fazer, e era quase impossível não rever uma das melhores que estreou nos últimos tempos. Em modo de maratona, relembra-se a maravilhosa jornada dos Big Three e, em especial, a de Randall e William, que aqui culmina. “Memphis” é um episódio extraordinário, que proporciona não só uma viagem ao passado de William, mas também ao futuro de Randall – um futuro que ainda não está decidido. Foi uma viagem difícil a destes dois, mas tão recompensadora, e que irá ficar para sempre marcada nas nossas memórias.

ZB: Zapping em dias da semana

Não é um “best of” mas antes um “worst of”, apesar de acontecer tanta vez que merece ser um “best qualquer coisa”. Talvez um “best ursof”. E que se caracteriza por aquela sintomática mania, também descrita como psicose, em passar literalmente horas a escolher o que ver em vez de ver alguma coisa. Isto acontece sempre, mas sente-se mais nos dias da semana, altura em que se é refém dos horários, porque no dia a seguir tem de se ir trabalhar e há que recolher aos lençóis cedo (ou tentar) para ir fresco pró trabalho (o que nunca acontece). Pega-se no comando e percorre-se a programação dos 502 canais à disposição. Abre-se o Netflix e percorre-se as categorias todas. Liga-se o PC e olha-se para os nomes dados às pastas, mas como 1TB de merda por ver não chega ainda se vai perguntar ao Sr. Joaquim se tem alguma coisa nova. Quando o processo termina, já o relógio bate no sítio em que não se queria. E, depois de tanta opção perscrutada, encolhe-se os ombros, pega-se num livro e vai-se para a cama.