Pilot Season: Valor (CW)

O texto que se segue NÃO CONTÉM SPOILERS

Depois das séries baseadas em livros de banda desenhada, que continua em alta, a nova tendência para a temporada 2017/2018 parecem ser os procedurals de guerra, com três novas ofertas de diferentes canais. Já abordámos aqui a proposta da CBS, “SEAL Team”. Será que a CW consegue fazer melhor na sua estreia?

A resposta é um redondo não.

A premissa, tal como nas restantes propostas, é simples: os Army Shadow Raiders são uma unidade militar de elite de pilotos de helicóptero que trata das missões mais sensíveis do exército americano. Pela calada da noite, a unidade é responsável por ataques surpresa e missões secretas de resgate. Mas, um dia, tudo corre mal: durante uma missão para transportar um prisioneiro mistério, o helicóptero é atacado, a piloto é ferida e o inevitável desastre acontece. No meio da confusão, conseguem fugir os dois protagonistas – a bela Nora Madabi (Christina Ochoa) e o seu superior, o sexy Leland Gallo (Matt Barr) – que depois regressam à base e procuram prosseguir com as suas vidas. Só que nem tudo corre bem, pois os segredos que pensavam enterrados acabam por ressurgir. Ao receberem a notícia de que um dos tripulantes do helicóptero está, afinal, vivo, e nas mãos dos maus da fita, Nora e Leland vão ter de lidar com as decisões que tomaram na fatídica noite e também tentar descobrir o verdadeiro objectivo que se esconde por detrás daquela missão.

Nas últimas temporadas temos visto a CW a inovar nas escolhas de séries que faz, tentando afastar-se um pouco daquele registo teenager por que é mais conhecida. A aposta nesta espécie de drama militar, infelizmente, não correu muito bem. O exército aqui é o que importa menos – se fossem polícias, bombeiros ou estudantes de uma qualquer escola secundária, a história (o drama, as intrigas, o sexo) poderia ser semelhante. Em vez de apostar no desenvolvimento da história, das personagens, dos vilões, do cenário e dos efeitos especiais, o que importa mais é ter actores com um palminho de cara (e de corpo), inserir música pop em momentos inoportunos, filmar umas cenas de sexo descabidas e acrescentar umas frases-chavão sobre honra e dever só para relembrar que isto é sobre militares. As interpretações são fracas, as personagens têm tanta personalidade quanto uma porta, o vilão é genérico, o orçamento para CGI é basicamente nulo e a edição do episódio é de bradar aos céus, fazendo com que, ao final dos 42 minutos, nos questionemos por que perdemos tanto tempo com isto.

Há mais duas séries sobre militares a estrear esta temporada. Aposto que qualquer uma é melhor do que esta.

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