O “Best Of” dá destaque por diferentes elementos do TVDependente ao melhor momento televisivo da sua semana, seja um episódio actual, uma cena de uma série com 10 anos, uma música ou um plano único.
Carolina: The Good Place – Derek (2×08)
“The Good Place” despede-se deste ano com um episódio extremamente divertido e um final de nos deixar em suspense para o que 2018 nos trará. Semanalmente esta série tem sido uma agradável surpresa e este “Derek” com a adição de Jason Mantzoukas ao elenco foi ainda melhor. As duas principais narrativas trouxeram flutuações de emoções, de dilemas éticos e a sua habitual comédia absurda mas nem por isso menos hilariante. Vamos sentindo o suspense do seu segredo ser descoberto e quando finalmente descansamos eis que aparece Shaun para nos puxar o tapete debaixo dos pés. Será que temos aqui uma nova reviravolta na série?
Rafa: A câmara de “Transparent”
Ao fim de quatro temporadas, “Transparent” mantém-se bastante fiel à sua identidade. De tão subtil no seu registo, o trabalho de câmara que enquadra a presença das personagens é factor a celebrar. O ponto de vista da câmara procura elegantemente nos corpos o seu motivo de foco, tendo o cuidado de enquadrar uma mão que acaricia um corpo alheio, um olhar que se ofusca com a luz do dia. Trata os corpos na individualidade ou em plena interacção, tornando-os veículos de interesse para os gestos mais mundanos. Uma postura de sensações, ao jeito do visual de “Rectify”, ainda que não chegue a compartilhar da mestria desta. A câmara respeita o ritmo de corpos que ainda existem na dúvida. No seu todo, “Transparent” continua a ser série a recomendar.
Rui: Blue Planet II
David Attenbourough povoou-me a juventude. Os seus documentários sobre a natureza, foram encantatórios para uma vasta geração, despertando-nos o interesse sobre a natureza, seus mistérios e maravilhas.
Attenbourough e a sua visão e gosto pela aventura e pelo conhecimento, regressa com uma série espantosa sobre os oceanos e as suas mais recentes descobertas. Os oceanos, são um dos maiores mistérios da civilização. Ocupando dois terços do planeta e uma profundidade que chega a ultrapassar os 11 mil metros é maioritariamente desconhecido, estando muito por cartografar e descobrir. Hoje conhecemos, melhor a superfície da lua, e grande parte da de Marte do que aquilo que existe nos grandes abismos dos oceanos.
Mas mais importante: os oceanos são (co)responsáveis pelo clima no nosso planeta, alfobre de vida e sustento de culturas.
syrin: American Vandal
Foi uma boa semana, esta, com algumas estreias interessantes e sólidos episódios de séries já estabelecidas. Mas porque no final tem de haver sempre uma, a taça vai, esta semana, para a estreia de “American Vandal”. Esta é mais uma excelente aposta do Netflix que consegue capitalizar com a nova obsessão pelas séries documentais de crimes reais, apresentando-nos um crime muito sui-generis: graffittis de pénis espalhados nos carros dos professores, um aluno do secundário expulso, e uma história mal contada que merece ser investigada. A premissa pode parecer estranha, mas funciona mesmo bem, pelo que só se pode recomendar vivamente.
Leandro: Mr. Robot
Não são todas as séries que, na sua terceira temporada, ainda conseguem manter a qualidade ao mais alto nível. “Mr.Robot” é um desses casos cada vez mais raros. Esta virtude só se consegue alcançar se existirem todos os ingredientes para tal e mais, só se estes forem conjugados da melhor maneira. Sam Esmail tem conseguido aliar uma escrita de qualidade a uma excelente realização e este mais recente episódio é um exemplo perfeito, com uma técnica que tem tanto de chamativa como de objectiva. Claro que tudo isto não seria o mesmo se o elenco não estivesse nivelado por cima, com Rami Malek a destacar-se por larga margem e merecendo todos os prémios que lhe têm sido atribuídos. A este ritmo arrisco-me a dizer que a série se poderá tornar num marco da televisão.
De “American Vandal” ainda só vi mesmo o piloto mas gostei bastante, uma lufada de ar fresco.
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Vi o primeiro episódio de Blue Planet e vale mesmo a pena, uma qualidade de imagem fantástica e interessante a forma como fizeram as filmagens.
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