O regresso de George Costanza.
“Hit the Road” retrata um daqueles fenómenos muito americanos de uma família que forma um grupo musical em busca do sucesso que parece sempre distante. Pai e mãe haviam tido um duo de reduzido ou nenhum sucesso nos anos 1970 procurando reerguer-se às custas do potencial da filha mais velha.
Mas a família não termina aí. Temos ainda direito a dois rapazes, o filho mais velho e um filho adoptado, negro, e a filha mais nova (uma verdadeira scene stealer e óptima descoberta).
É uma comédia de enganos e de desconforto, partindo da premissa do sucesso a qualquer preço, coloca os diversos elementos da família em situações limites, procurando fazer rir o espectador com o desconforto dos personagens nas situações em que se vêem envolvidos.
Apesar do pisar o risco do mau gosto e assumir o politicamente incorrecto esta acaba por ser uma série já vista seguindo uma tendência recente da comédia norte-americana.
De resto está aqui tudo o que podemos esperar: os pais ambiciosos e com segredos no passado, a filha mais ambiciosa que usa o sexo para atingir os seus objectivos, os filhos inseguros e muitas piadas ou subentendidos sexuais.
Para complicar e potenciar tudo, a família é forçada a conviver num microcosmos: um autocarro para a tournée da família, na qual a privacidade é reduzida e está a ser constantemente vítima de graffitis, em virtude do nome do grupo-família “Swallow”. A partir daqui pode-se imagina o quilate das piadas.
No entanto, apesar se algo visto e do mau gosto de algumas situações, consegue divertir e, por certo, manter agarrado por dois ou três episódios, sendo difícil de crer que consiga manter refrescante por muito tempo devendo esgotar a fórmula rapidamente. Mas já se viu muito pior.
Um pensamento em “Pilot Season: Hit the Road (AT&T)”