E se vir dois episódios de uma assentada só? Será o balanço final positivo? Matematicamente falando: -x-y=z?
Depois de ter adiado consecutivamente a visualização do sexto capítulo (sempre um mau sinal quando estamos a acompanhar uma série) e de o sétimo ter sido exibido, eis que decidi ver os dois de seguida. E o resultado não foi nada positivo. Dois medíocres episódios de “The Walking Dead” que deixam no final o mesmo sabor a desilusão e tempo perdido que os anteriores (isolados) deixaram. A soma das partes não trouxe nada de novo.
Vejamos lá bem. Estamos a um do meio da temporada (sim, é aquela altura em que eles teoricamente decidem colocar toda a carne no assador para nos trazer de volta para a segunda metade da temporada) e fazendo um resumo do que a temporada foi até agora, pouco há a acrescentar. O plano de Rick e companhia continua a ser executado, Negan continua vivo e livre (sim, enfrenta mais dificuldades agora mas caramba!) e todos os desenvolvimentos que ocorreram poderiam ter sido realizados em muitos menos episódios. Por tópicos:
- Hiltop – Maggie é a líder, Gregory o ex-líder mas sempre a querer mandar os seus bitaites e Jesus é a bússola da moralidade. É um triângulo, não é amoroso mas é desgastante e secante como se o fosse.
- As sucateiras estão de volta (não é propriamente uma surpresa, pois mais cedo ou mais tarde elas iriam tomar parte nesta guerra) e desta vez para além das habituais “coreografias” elas estão dispostas a ajudar Rick contra Negan. Cientes de que o tabuleiro mudou, não me parece que estas voltem atrás na sua palavra.
- O rei não vai nu mas está deprimido. Personagem estranha esta que após tantos e tantos episódios achando-se o maior, vê-se agora no extremo oposto. Certamente que o veremos daqui a pouco tempo a decepar tudo o que lhe aparecer à frente (a perda de um felino é galvanizante).
- “Baby girl. You are not going to use that thing” – o melhor destes episódios.
- Eugene (seja sozinho, seja com o padre, seja com quem ele quiser) – Só tenho a dizer isto: valha-nos todos os santos de todas as religiões de todos os mundos deste universo.
- Eugene 2.0 – para além do que escrevi antes, tenho a dizer que simplesmente não compreendo o seu papel nesta série. Ele pode ter jeito para a bricolage, para discursar ininterruptamente ou ter conversas super inteligentes (não sei se alguma vez foi referido na série, mas parece-me que ele será autista. O que ajuda a explicar muita coisa) mas cada momento em que ele aparece é, para mim, tempo perdido. E se juntarmos outros (Gabriel, Morgan, Carol em modo ermita, Carl em modo irritante, etc) temos imenso tempo perdido.
Que seca, nada de novo. Foi precisamente isto que escrevi nas minhas notas após ter terminado de ver o episódio 7. Pouco desenvolvimento, pouca substância e pouco interesse em ver o próximo episódio. É este o meu sentimento.