Chegada a época natalícia em que a maioria das séries que seguimos faz um descanso, e começa então o tempo de recuperar o que ficou pelo caminho. Juntando a isso horas dentro de um avião e a procrastinação com uma crítica de “Scandal” em atraso e temos aqui os ingredientes para o início das maratonas televisivas.
A primeira visada foi “Broadchurch” que depois de uma belíssima primeira temporada me tinha deixada um pouco de pé atrás com a irritação que me deu a segunda temporada. Na sua despedida conseguiu recuperar parte do seu charme inicial e dar-nos um caso que vem mesmo a calhar nos dias que corre, especialmente no que toca ao consentimento. O primeiro episódio começou com um ritmo lento mas muito bem executado, levando-nos através dos métodos de recolha forense a ver com um microscópio este caso de violação. O retrato que faz desta sociedade (tão pequena mas onde acontece tanta coisa) é quase depressivo, deixando-nos com pouca fé na humanidade. Felizmente que a dupla de detectives e o seu trabalho a explorar cada um dos suspeitos se mantém altamente interessante e com os cliffhangers no momento certo e uma magnifica representação da vítima torna-se quase impossível deixar esta série de lado.
Para cortar um pouco com o triste desfecho peguei de seguida em “Me, Myself & I” que se revelou uma verdadeira lufada de ar fresco, merecendo também o destaque no “Best Of” desta semana. A vida de um rapaz de 14 anos até aos seus 65 não tem nada de propriamente inovador e mesmo não entrando na lista de melhores comédias do ano é uma das séries que tenho pena ter sido cancelada. O humor e humanidade das personagens foi mesmo o contraponto perfeito para “Broadchurch”, com cada um dos “Alex” a conquistar-nos por uma razão ou outra e deixar-nos com curiosidade para ver o salto de inventor de garagem para milionário que nunca chegamos a ver. Se fosse necessário descrever esta série numa só palavra seria ternurenta o que parece uma descrição ideal para uma tarde no sofá a combater este frio natalício.
Por fim, num verdadeiro choque psicológico comecei com “Top of the Lake: China Girl”, a verdadeira razão desta crónica semanal: soltar a minha exasperação em algum lado. Sem ter ainda terminado a série, os episódios que já vi deixam-me sempre… confusa. Os momentos what the fuck são mais que muitos, logo seguidos por uma verdadeira irritação. O caso começa por ser interessante, com um pilot muito bem conseguido mas rapidamente entramos no loop familiar de Mary, o seu namorado chulo e os conflictos com os pais adoptativos e o twist maternal que é demasiado forçado. Mesmo com a presença de Elisabeth Moss de quem tenho imenso “respeito televisivo” não sei se será suficiente para me dar força para continuar a ver esta temporada sem estar constantemente a refilar contra a televisão.
E vocês, que maratonas vão aproveitar para fazer durante estas férias televisivas?
Dar e a 4a temporada de Peaky Blinders 🙂
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Dark
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Vou devorar a 4ª temporada de SFU e, quiçá, a 5ª 😀
Vou tentar terminar a 2ª temporada de Stranger Things (só me faltam 4 episódios) e ainda ver a terceira de Mr. Robot.
Provavelmente não terei tempo para mais nada 😀
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Dark e Stranger Things.
Talvez ainda consiga terminar também Babylon Berlin.
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