O “Best Of” dá destaque por diferentes elementos do TVDependente ao melhor momento televisivo da sua semana, seja um episódio actual, uma cena de uma série com 10 anos, uma música ou um plano único.
O primeiro episódio da 4.ª temporada de “Grace and Frankie” está longe de ser inesquecível. Não entra sequer no top de melhores episódios da série mas no entanto merece o seu destaque por duas razões: a 1.ª porque não vi praticamente mais nada esta semana e a 2.ª porque a simples aparição deste título na minha Netflix é motivo para celebrar. É uma série diferente, que consegue representar duas mulheres únicas que não se limitam ao seu papel de “avó” e acima de tudo têm imensa graça juntas. A adição de Lisa Kudrow a esta temporada pode ser um desastre ou correr muito bem mas por enquanto deu para alguns sorrisos com os seus gostos específicos. Independentemente disso é sempre um prazer rever esta família e seguir as suas caricatas vidas.
Bem sei que “Black Mirror” não estreou agora, mas nunca é demais lembrar a sua qualidade. A série não está a viver o seu período de maior fulgor, mas ainda assim esta temporada presenteou-nos com algumas pérolas de onde “USS Callister” se sobressai dos demais. A crítica à sociedade, a solidão como um problema intemporal são temas extremamente bem desenvolvidos e que dão azo a inúmeros debates e que merecem enorme reflexão. Mesmo explorando temas mais sombrios existiu ainda espaço para umas pitadas de humor que assentam que nem uma luva. O final tal como é apanágio pode ter várias interpretações.
Rui: Late Night Rules
Os programas americanos do late night continuam a dar cartas. Já não é só Trump a ser esmagado pelos apresentadores por via do “shitholes countries” ou da branca Noruega (que valeu uma referência a Portugal), nem os pequenos tiques maníacos da sociedade. Também o movimento #metoo começa a estar sobre fogo e a ser dissecado demonstrando que no meio de coisas sérias e de gente que sofreu (e sofre) há situações e oportunistas que urge separar. Nesse propósito Bill Maher – de quem pouco vejo porque não gosto muito do estilo – teve uma intervenção azeda como é seu timbre e onde coloca o dedo na ferida. É que não vale tudo, nem se pode colocar tudo no mesmo saco.
Continuando a explorar o catálogo da Netflix, finalmente dediquei-me a uma sugestão aqui da casa, “Manhunt: Unabomber”, sobre a captura do famoso terrorista americano, série que acaba por fazer um bom complemento uma das favoritas do ano passado, “Mindhunter”. Dos primórdios da investigação criminal com o recurso à psicologia e da ciência do comportamento, vemos aqui a importância que outras ciências menos reconhecidas, como a linguística, podem ser preponderantes para resolver um caso que parecia sem fim. Destaca-se na série Paul Bettany, no papel do serial bomber, e apenas se tem a apontar um Sam Worthington pouco confortável no seu papel. Ainda assim, é uma série que vale a pena descobrir.
Six Feet Under S5E10… Não foi apenas o melhor da semana, foi dos melhores episódios que alguma vez vi na vida… O episódio 9 já tinha sido muito bom, mas este fez -me literalmente chorar, algo que nunca me tinha acontecido (uma lágrima em alguns episódios finais das minhas séries preferidas, mas nunca deste modo).
Confesso que foi mesmo doloroso assistir ao episódio, sobretudo por encontrar tantas semelhanças com a realidade…
Não encontro palavras que façam justiça a tão bela obra de arte… Deixo apenas um pormenor: uma semana depois, ainda não ganhei coragem para ver os últimos dois episódios…
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Ah, pois… lembro-me disso. Passei os últimos três episódios da série a chorar.
Força, estamos contigo para quando terminares.
E se me permites puxar a brasa à minha sardinha, aqui fica a minha ode a SFU: https://tvfiles.wordpress.com/2007/09/26/six-feet-under-s5/
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Irei certamente ler, depois de terminar a visualização 😀
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