Depois de separação, vem a bonanza. Ou quase, como podemos perceber pelo título que dá o nome a este sétimo episódio de “Agents of S.H.I.E.L.D.”.
Separadas que as personagens estavam desde o primeiro episódio, tornava-se impreterível, para fazer avançar a história, que houvesse uma reunião. E se inicialmente tivéssemos tido apenas mini-reuniões, neste episódio tivemos o momento tão esperado, em que os diversos grupos, depois de andarem fugidos por corredores mal iluminados, finalmente se reencontram. Custou (devido a uma caça aos inumanos, promovida pelos dois irmãos Kree), mas foi, com Phil, Mack, Yo-Yo, Daisy, Fitz e Simmons de volta ao mesmo espaço. Infelizmente a alegria foi de pouca dura, e mal temos tempo de aproveitar a reunião, para logo ver o grupo separar-se novamente.
Mack e Yo-Yo resolvem ficar na estação, para ajudar o jovem inumano Flint a defender os que os rodeiam. O sentimento é bonito, sim, e percebemos que os agentes da S.H.I.E.L.D. estejam pré-formatados para querer ajudar o próximo, mas ainda assim, é um pouco difícil de aceitar esta nova separação quando pouco conhecemos do seu instigador (Flint) e pouco queremos saber dos outros humanos que ficaram na estação. No episódio anterior a série fez o possível por apagar qualquer apego que ainda tivéssemos às personagens secundárias que conhecíamos da estação, e por isso não conseguimos apoiar a 100% outra personagem que ainda não se consolidou na história. Mas a ver vamos, pode ser que isto venha a trazer, no final, algo mais importante e que justifique a opção de Mack e de Yo-Yo de porem as suas vidas em perigo sem razão para o fazerem.
Se a decisão de Mack e de Yo-Yo não é tão fácil de aceitar, já a de Phil e os restante colegas parece-nos a mais acertada. Há que fugir o mais depressa possível da estação, e há que ir à procura do elemento que falta, May. Escolhido que estava o objectivo, o que se revelou mais complicado foi encontrar o caminho para chegar ao que resta da Terra para procurar May. Felizmente Phil ainda tem os seus truques, e as lembranças de conduzir a sua Lola dão um jeitaço para pegar numa nave completamente extraterrestre e conduzi-la até à Terra (ok, pronto, foi um pouco rebuscada esta cena, mas também já tínhamos visto May a fazer o mesmo, por isso damos-lhes algum desconto e aceitamos que, neste universo, qualquer pessoa sabe conduzir qualquer nave espacial. Mesmo se a está a ver pela primeira vez). Bom, quer dizer, esperemos que Coulson consiga mesmo conduzir a nave em segurança até à Terra, porque a coisa não parece estar fácil. E lá em baixo, há quem espere ansiosamente pela aterragem.
Quem é que está à espera? Nada mais nada menos do que May, Enoch e… Robin. Mais uma vez, a série a surpreender-nos com o regresso de uma personagem que, pensávamos nós, tinha ficado mais de setenta anos no passado. Afinal não: a menina-vidente que Fitz deixou aos cuidados de Hunter (e de Bobbi), regressa assim, ao futuro que, segundo nos contou Enoch, estaria a querer evitar. Como é que tudo isto aconteceu, e como é que Robin chegou à terra, é algo que fica por esclarecer. Esperemos é que não demore, porque daqui a pouco estamos a meio da temporada e de um regresso ao tempo actual ainda não temos qualquer sinal.
Num episódio mais lento, de reuniões e reposicionamento das personagens, há ainda assim uma queixa a fazer: seria mesmo preciso contarem aquela historiazeca triste do Kasius? Estarão a tentar humanizá-lo? Honestamente, parece-me um desperdício – é que ele não é propriamente uma personagem muito interessante. Sim, é um vilão meio de cartão, mas também não precisamos, por agora, de muito mais disso. Até porque com aquela maquilhagem azul toda, nunca o vamos conseguir levar muito a sério.
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