O “Best Of” dá destaque por diferentes elementos do TVDependente ao melhor momento televisivo da sua semana, seja um episódio actual, uma cena de uma série com 10 anos, uma música ou um plano único.
Sim, demorei sensivelmente 1 mês e meio a terminar uma pequena série que totaliza cerca de 2 horas e 40 minutos – produto ideal para os fãs de binge-watching. Por mera falta de tempo e não por qualidade questionável. A verdade é que muito gradualmente fui compartilhando do louvor que à dita se apregoa. Dois adolescentes foragidos, numa já muito citada comparação a “Bonnie and Clyde”. A química entre ambos os protagonistas é louvável, magnetizante, transmitida pela estranheza dos corpos ainda em aprendizagem que ali colidem. Tenta-se elevar no interesse a dupla de detectives, dando-lhes uma simples backstory, e a meu ver não chega a funcionar. Ou talvez seja o meu interesse, que nunca por um só segundo pede um outro protagonismo que não o dado à dupla adolescente. É por estes dois que a série sobe de patamar. E depois da revelação que fora Alex Lawther em “Shut Up and Dance” (“Black Mirror”), esta sua nova incursão televisiva serviu para o confirmar como actor a ter debaixo de olho.
Não sou apreciador. Acho que uma overdose de uma qualquer série num curto espaço de tempo é muito redutor. Mas a verdade é que muito recentemente o fiz: após uns dias de extremo trabalho, nada como um domingo de indolência total, esparramado no sofá, a olhar para a televisão sem grande critério.
“Everything sucks” despertou-me a atenção pela review do ZB e lá fui consumir. Não desgostei, mas também não gostei por aí além. Tem a grande vantagem de não tratar os adolescentes de forma infantilizada, ao contrário de muitas séries, tendo uma temática bastante adulta. Mas se calhar como nesta década era já um jovem adulto a sair da adolescência, a identificação não terá sido tão grande. Por princípio não recomendo esta prática, mas por vezes que sabe bem, ai isso sabe.
syrin: Late Night americano
Não sendo consumidora regular dos late nights americanos, gosto ainda assim de fazer pequenas viagens pelos diversos programas com a ajuda dos excertos disponíveis no YouTube. Desde que o Trump chegou à presidência, o late night tem estado em alta, e os mais recentes acontecimentos dramáticos na Florida não foram excepção. Todos os apresentadores e todos os programas têm estado em topo de forma, mas os mais contundentes são, como sempre, Trevor Noah, John Oliver e Seth Meyers. Tanto o “The Daily Show” como o “Last Week Tonight” beneficiam muito de terem apresentadores não americanos, conseguindo sempre pôr um cunho muito próprio a todas as questões, mas é Seth Meyers com a sua rubrica “A Closer Look” que mais me tem surpreendido pela forma como consegue mostrar o quão assustadora e ridícula é esta época que estamos a viver.