Altura de dar destaque a outro personagem importante na série.
Ou seja, Skinner. Sim, o sempiterno chefe/parceiro de Mulder e Scully, agora algo desavindos face ao primeiro episódio da presente temporada.
Neste episódio temos a oportunidade de sabermos um pouco mais sobre o misterioso passado de Skinner, através de flashbacks que nos dão a conhecer algum do seu papel no conflito do Vietname. Um jovem Skinner e os seus companheiros de pelotão, encarregues de proteger uma misteriosa arca (não é a da Aliança), quando ficam sobre ataque dos vietcongs e, logo a seguir, por um “monstro”.
A exemplo do anterior episódio somos remetidos para a ilusão do episódio do Monstro da Semana, o que, sem o deixar de ser, lida mais directamente com fantasmas interiores, provocados por traumas de guerra directos e colaterais.
Com o desenrolar do episódio percebemos que o que estava em equação era o resultado de experiência feitas com gás para alteração de comportamentos, tornando mais eficiente a capacidade de luta e libertação de raiva. O substrato é real, pois de há muito que são conhecidas experiências que o exército dos EUA terá efectuado com soldados naquele conflito.
A sensação que fica é a de um episódio de compasso, um momento para dar espaço a personagens estruturantes na série, e, desta forma, mais uma homenagem ao legado da série. Na realidade, pouco adianta e retirar o foco da dupla do costume pode ser meritório em termos da memória, mas não o será para o ritmo da série, resultando como contraproducente, quando estamos reduzidos a dez episódios na presente temporada.
Alguém acredita que adiantou de alguma coisa? Ficámos mais próximos da verdade ou mais comprometidos com a série? Tenho dúvidas. Os problemas de Skinner nunca foram a preocupação daqueles que seguem a série, em especial quando sabemos de antemão que, apesar das suspeitas de Mulder e Scully, Skinner é um aliado dos dois.
Independentemente de se centrar no Deputy Assistant, Mulder e Scully desempenham um papel essencial, quando se apercebem que Skinner desaparecera e se tornara suspeito de assassinato provocado por um monstro. Rapidamente mergulham no seu passado, identificado (casualmente, é certo) alguns dos parceiros do pelotão do seu chefe, assim como com o filho do soldado que mais terá sofrido com as experiências (o has been Haley Joel Osment).
Enfim, não deixará grande recordações na memória dos seguidores.
Mais um episódio a meio gás, mas que serviu para conhecermos um pouco melhor o passado de Skinner, personagem que me parece algo frágil desde o regresso da série para a 10ª temporada, um pouco à semelhança do Smoking Man. Gostava mais do “antigo” Skinner.
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