Guilty pleasure, guilty pleasure, guilty pleasure!
Das novas series que estrearam, esta era aquela que mais captou a minha atenção pelo disparate da premissa. Um mágico estrela, género David Copperfield, caído em desgraça, é recrutado pelo FBI para o ajudar a resolver crimes (supostamente) perpetrados por outro mágico.
A verdade é que nada tinha-me preparado para o chorrilho de disparates deliciosos que este episódio piloto nos aparenta como antecâmara da série! Juro que é inacreditável tudo aquilo que a série nos oferece, muito melhor do que estaria à espera! Muito melhor, no pior sentido entenda-se.
A partir daqui, a ler só por conta e risco, devido aos massivos spoilers que contem. Na verdade é demasiadamente bom (no mau sentido) para não contar tudo!!!!!!
É que não é só um mágico que é recrutado pelo FBI (ok, faz-se recrutar, mas vai dar ao mesmo). É o maior dos mágicos da actualidade que caiu em desgraça em virtude de se envolver (mais ou menos…) num crime que colocou em risco a sua carreira.
É o maior dos mágicos da actualidade que está a iniciar uma luta contra um misterioso mágico (dos maiores da actualidade) que o desafia através de crimes/apoio a criminosos.
E o maior mágico daquém e d’além mar, o protagonista desta rocambolesca história, tem um irmão gémeo secreto que é parte da sua magia. E está preso por um crime que não cometeu.
E o maior mágico de todos os tempos tem uma legião gigantesca de fãs, inclusive no FBI que mais parecem crianças espantadas por verem o CR7!
E o grandioso mágico, tem sempre resposta pronta na ponta da língua afiada, assim como um truque na manga (literalmente) pronto a tirar da cartola (aqui já não é literal, como verão os que quiserem espreitar esta pérola da idiotice)!
E o expoente mágico da magia tem uma equipa de assistentes incrível, cheia de lugares comuns, desde a giraça, a dois assistentes que fingem não se entender e estão sempre a discutir como cão e gato, mas na realidade adoram-se.
E um dos assistentes é Vinnie Jones, completamente descontrolado em termos de acting.
E há um muito original interesse romântico love me, love me not com a responsável da equipa do FBI que não gosta de magia, não o conhece, mas afinal – e de forma completamente inesperada (not!) – afinal conhece-o e gosta de magia, numa parelha que na sétima temporada acabará em casamento (isso é que era um truque de magia, sete temporadas!!!!!, ui que as orelhas abanam caninamente de emoção).
E tem muita magia explicada, que estraga a magia, não adiantando nada para a narrativa, até porque é tudo muito complicado.
E porque todos os actores se levam muito a sério, mesmo que se note que não percebem nada daquilo que estão a fazer.
E o porque o actor que faz de Houdini moderno, está completamente desfasado do papel que interpreta.
E porque os produtores acreditam na série, e esta tem bons valores de produção, aquilo que acontece é… tcharan… magia! E a série acaba por ser das coisas mais divertidas, porque seriamente idiota, que passa na televisão.
É ver, é ver! Eu por cá continuarei por mais uns dois episódios. Depois acabará a magia.
Que delícia de análise. 🙂
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LOLOLOL. Isto é hilariante!
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