O Bom, o Mau e o Vilão: resistência ao preconceito – coelhinhos gay

Breves apontamentos e reflexões sobre a actualidade televisiva.

O Bom

John Oliver e o seu coelhinho gay

O comediante britânico radicado na HBO continua a dar cartas. O seu programa “Last Week Tonight” é – para mim – um dos melhores programas da actualidade que não conhece limites na sua criatividade e capacidade de provocação. Já foi propositadamente a tribunal e ganhou; já pagou dívidas de outros como protesto ao sistema financeiro; fez vídeos educativos para educar Trump em canais conservadores… No último programa, está activamente a contribuir para combater o preconceito.

O pretexto: o casal vice-presidencial Pence, assumidamente homofóbico, publicou um livro infantil sobre o dia-a-dia de um coelho. John Oliver aproveitou para publicar um livro infantil (ao que dizem educativo) sobre o dia-a-dia do coelho gay dos Pence. O livro já esgotou a primeira edição, é um sucesso de vendas, um sucesso mediático, ofuscou os Pence e contribui para lutar contra a homofobia.

 

O Mau

Xeque mate

Falo várias vezes de política, aqui neste cantinho, por vezes muro de lamentações. Gosto bastante do assunto, até por ser participante de quinta linha. Vou vendo programas de informação e de debate que, na maior parte, não informam nada. Confunde-se informação política, informar o eleitor, com luta de egos, sempre numa atitude de “o meu partido é melhor que o teu” e com o argumento clássico “… e o seu partido fez primeiro”.

Vi, gravado, um programa muito fraco, postiço e artificial chamado “Xeque Mate”. Dois políticos da (conjuntural) primeira linha partidária a trocar argumento sobre assuntos previamente selecionados e que acabavam sempre com picardias pessoais.

É muito fraco e muito pouco para o eleitor. Quase nada mesmo.

 

O Vilão

Drones

Os drones estão a revolucionar a forma como vemos televisão. Estão por todo o lado, conseguem perspectivas incríveis e nunca antes vista. Têm tudo para ajudar a enriquecer a ficção e a informação. No entanto… como tudo o que é novo, caímos na tentação de exagerar no seu uso.

É que está a acontecer. São imagens aéreas a torto e direito. Nas notícias, nas séries e nas telenovelas. Muitas vezes é bonitinho, mas narrativamente desnecessário, introduz ruído. Enfim, é a vertigem da inovação, a voracidade da moda. O vazio da forma de comunicar.

Um pensamento em “O Bom, o Mau e o Vilão: resistência ao preconceito – coelhinhos gay”

  1. Os drones a filmar os surfistas na Nazaré é qualquer coisa assombrosa.
    Tb gosto de política mas não suporto a grande maioria dos comentadores políticos que se perdem em picardias parvas.
    O Oliver é craque. Tenho que ir ver isso do coelho. 🙂

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