O esperado crossover de dois universos Shondaland passou a correr e sem deixar vítimas pelo caminho. Fica aqui a análise (com algum atraso) do que se passou por “Scandal”.
Olivia Pope despediu-se das luzes da ribalta e esconde-se agora num auditório empoeirado de giz a tentar ensinar algumas das suas lições de vida em modo how to get away with scandal. Felizmente que a aula é curta e passamos rapidamente à razão do episódio: Annalise Keating precisa de ajuda.
O crossover serve exactamente o seu propósito: agradar aos fãs que há muito esperavam voltar a ver uma Olivia Pope a mexer cordelinhos para fazer o bem. A sensação de estarmos a ver a antiga Olivia das primeiras temporadas chega quase como uma lufada de ar fresco, em muito apoiada na excelente química das duas actrizes e na forma como trazem essa dinâmica para o ecrã.
Pequenos detalhes como Michaela e Annalise impressionadas por conhecer o Presidente trazem alguma da realidade que frequentemente faltou em “Scandal”, onde se incluiu ainda uma cena no cabeleireiro que foi das coisas mais normais que Liv alguma vez fez e recordou-nos da sua (até agora praticamente inexistente) ligação à comunidade afro-americana.
No fim foi um crossover que serviu para a narrativa de “Scandal” recomeçar depois de Olivia se ter despedido e conseguiu ainda envolver a equipa da QPA sem parecer demasiado forçado. No entanto não conseguiram arriscar mais do que isso e fazer valer a pena todo alarido. A tentativa – falhada – de emparelhar Michaela com Marcus e a simples presença de Jake – que continua inútil – só servem para puxar mais a série para baixo em vez de a libertar.