1986: 1×07 – Os Cinco e a Bomba I (RTP1)

Talvez o melhor episódio da série até ao momento.

O que não é dizer muito, mas é um laivo de esperança para a segunda metade da temporada.

Várias referências fundidas de forma desigual (com uma delas muito canhestra e demasiado forçada). Desde logo começando pelo título. Numa altura em que começava a ganhar força a série de livros para jovens “Uma Aventura”, na realidade “Os Cinco”, de Enid Blyton ainda davam cartas junto aos jovens de 1980 e troca o passo. É pelo menos, mais para aqui que me inclino na referência implícita contida no título. Depois a questão da Bomba, também contida no título do episódio e que acaba por ser o grande espoletador da acção, embora – para mim – o menos interessante e mais frágil do episódio – mas já lá vamos.

Sérgio continua às voltas com o seu infalível plano de conhecer a rapariga que o levará a perder a virgindade, a misteriosa loura, num autêntico “boy seeks blonde girl”. Para tal, marca encontro no Bairro Alto, na discoteca Jukebox em mais uma viagem aos bairros da saudade que confluirá no espaço geográfico na segunda linha do plot. Claro que a caça aos territórios do amor adolescente imberbe, devidamente acompanhado por Tiago, revelou-se uma autêntica caça aos gambuzinos (procurem o significado), com a surpreendente coincidência de um encontro da sempre presente amiga e terceira roda do eixo. Hmmm, muito suspeito, porque será a sua presença aqui?

Por outro lado, Marta. A família de direita é visitada por uma tia de Marta, irmão do seu pai. Uma perigosa esquerdista, bombista (FP 25 de Abril? – pesquisem outra vez), nos antípodas do pai de Marta. Na primeira oportunidade que têm de escapar ao incomodado pai de Marta, a tia ateve-se a sair à noite com Marta, imagine-se que para surpresa de todos e de forma totalmente improvável e credível, até ao Bairro Alto, onde visitamos o “Frágil” e alguns dos icónicos personagens da movida lisboeta da altura.

Lisboa é um microcosmos. E naquela noite, toda a gente que conhecemos da série (ou quase) conflui para o Bairro Alto. Sucedendo-se os encontros, desencontros e desenganos.

Só que há um problema. O dia seguinte é dia de aulas. E aqui começa o mais inverosímil do episódio. Esqueçamos o facto da irresponsabilidade de todos os pais em deixarem os filhos adolescentes em sair à noite, numa véspera de aulas. Marta é responsável, saiu com a tia, viu o Bairro Alto, só que tendo aulas no dia a seguir tem que ir dormir. Ora, a tia ex-bombista condenada tem a brilhante ideia de fazer uma chamada anónima para a escola da sobrinha para dizer que há uma bomba e, dessa forma, não haverá aulas.

Claro que a Marta percebeu mal o que a tia disse, acreditou que havia mesmo bomba e toca a ir salvar o mundo, ou melhor, a escola com os seus quatro amigos que, por acaso das coincidências improváveis encontrou na aldeia que é Lisboa.

Ah, o romance do pai de Tiago e a professora vai de vento em popa.

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