Nem à força de bomba o potencial de “1986” rebenta.
No entanto, continuamos com um episódio na linha do anterior… aceitável. Com um acrescento relativamente aos anteriores, já que cada um deles se constitui como homenagem a momentos, memórias, séries ou filmes. É que a homenagem, directamente reproduzida na estrutura do episódio, a um dos filmes míticos dos adolescentes (agora menos) daquela década, “The Breakfast Club” acaba por funcionar razoavelmente.
Em que ponto estamos? Obviamente que a bomba, não existia como toda a gente (nós, espectadores) menos a Marta sabia. E os cinco, são apanhados pelo guarda nocturno. E no dia a seguir temos uma estranha e constrangedora reunião dos cinco miúdos, dos pais/encarregados de educação, a Directora de Turma e a Presidente do Conselho Directivo. Julgo que a cena não funcionou. É um dos problemas que os episódios vão tendo, quando os grupos de actores/personagens são maiores, o ritmo quebra sempre, notando-se que esperam o seu timing para intervir/interagir. E, pior, pareceu que a cena serviu apenas para a boutade do pai de Tiago.
E entra o clássico dispositivo “quem foi o responsável?”, “até que se acusem, ficam numa sala de aula para reflectir”. E pronto, temos o tal momento “Breakfast Club”.
Cinco miúdos/alunos, numa sala de aula, fechados sem poder sair. Um microcosmo onde se pode perceber um pouco mais de cada um e reformatar relacionamentos. É um pouco isso que vai acontecendo, desmistificando-se ideias. Revelando personalidades, criando-se pontes, assumindo-se o outro. Claro que sabemos, que no fundo, no que for visível para os outros, tudo ficará na mesma.
E, claro, temos o mistério da loira desconhecida do jornal BLITZ revelado, que não é nenhuma loira e muito menos uma desconhecida. Nem seria preciso o BLITZ, bastava o jornal da escola.
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