Nem medo, nem gargalhadas. Apenas um déjà vu de um déjà vu.
Apesar do título nos remeter directamente para o saudoso “Nightmare on Elm Street”, uma série cinéfila híper popular nos anos 1980 e 1990 e que apesar de descambar para um terror humorístico acabou por ter um conjunto de filmes/situações experimentais, este episódio não faz jus à referência. Não que tivesse ser um episódio de terror, mas… caramba, não precisava de ser de horror!
Na realidade a única referência a Freddy Krueger é mesmo o título (e, vá lá, algumas arranhadelas que nos fazem arrepiar a espinha).
Muito resumidamente, a melhor parte do episódio: o “Jornal do Incrível”. Para os que não sabem, o “Jornal do Incrível” era mesmo incrível e o único jornal que valia a pena acompanhar. Revelava factos verdadeiros e cientificamente comprovados de monstros, extraterrestres, avistamentos de OVNI’s, crimes algo estranhos mas no fundo inocentes, universos paralelos e outras coisas que o sistema negava a sua veracidade. Aliás o seu impacto levou ao aparecimento de “The X-Files” e de 80% das páginas actuais na Internet. E por isso mesmo acabou. Sim, parte do escrevi no período anterior são fake news, e o “Jornal do Incrível” não teve assim tanto impacto, embora merecesse. Nem as histórias eram totalmente verdadeiras. Nem as fontes reais ou credíveis. Ou será que seriam?
E é neste jornal que encontram o pretexto para a história do episódio: um cego que vendeu a alma ao Diabo. Por acaso vive em Benfica. Por coincidência próximo de casa de Tiago. Vai daí, entre os desencontros e recontros amorosos entre Tiago e Marta e Sérgio e a moça do Blitz (não confundir com o Se7e) que afinal era aquela que todos nós sabíamos que seria, a rapaziada do bairro tem tempo para efectuar uma investigação ao nível do CSI (Completamente Sem Interesse) para se descobrir que afinal o cego era tão fofinho quanto os seus gatinhos.
Curiosamente, nem me pareceu esta a história principal do episódio. Um plot secundário que incide nos adultos pareceu mais interessante: a mãe de Marta, uma dona de casa mais ou menos antiquada que começa a dar sinais de insatisfação com a sua situação submissa e preocupação temendo que a sua filha esteja a seguir os seus passos por imposição do pai.
Uma nota que nada tem a ver, mas o riso do Sérgio é demasiado irritante.
Esteve longe de encher as medidas. Foram demasiados déjà vu.
Só visto!