E, depois da bonança enfadonha, veio a tempestade quase perfeita – ainda que num copo de água, ou seja, no bunker. Também este um episódio de contextualização, desta vez dedicado aos sobreviventes terrestres, “Red Queen” tem tudo o que “Eden” não teve: ritmo, realização e pós-produção de altíssimo nível – e logo de um estreante na série, P.J. Pesce, que até aparece em cameo a tocar viola -, o adeus a uma personagem-chave que acompanhava a história desde a temporada de estreia e criatividade no episódio temporal relatado que, com pés e cabeça, explica a razão da criação daquele sistema de justiça no bunker e a ascensão de Octavia a líder irrepreensível e temida por todos os clãs.
Octavia: You are Wonkru, or you are the enemy of Wonkru. Choose.
E vamos então a Octavia, agora como no passado, peça cada vez mais central e decisiva em toda a trama. A sua cena de combate contra tudo e todos, no fundo de um túnel, com pouca luz e ainda assim muitos contrastes, entra directamente para o quadro de honra da série, qual Beatrix Kiddo versão morena, num recital de sangue e tripas com uma coreografia de acção sem mácula. Mas, antes disso, foi Jaha vs Octavia, Jaha & Octavia, Jaha outra vez contra Octavia e… por fim, Jaha finito. Uma morte que o honra perante o espectador – é vendida aquela imagem de um vilão necessário, de um homem/líder que não teve outra hipótese que não ser o mau da fita -, amolecendo o coração através daquela ligação fortíssima ao miúdo Nathan, logo ele que tinha perdido o filho ainda na Arca, mas que desilude não só perante a banalidade do momento que o feriu de morte, como pela ausência de um responsável visível pela mesma.
Abby: We will survive, we’ll just wish we didn’t.
Sobram ainda algumas notas: o aparecimento de várias novas personagens, entre elas Kara, ex-bióloga da Arca e do bunker, agora braço direito da Rainha Vermelha, o já esgotado romance que não dá em nada entre Abby e Marcus e, por fim, a presença deste último dentro da arena, na derradeira cena do episódio, prometendo outro grande confronto na próxima vez que voltarmos ao submundo de Octavia e sus muchachas (Indra, Kara e Gaia). A Lexa estaria orgulhosa.
Nota: Carlos Reis é um dos co-autores do “As Mamas da Clarke”, um spinoff do podcast “Nas Nalgas do Mandarim” sobre cada episódio da quinta temporada de “The 100”, publicado todas as sextas-feiras às 23:00 nas mais diversas plataformas de podcasting, bem como no YouTube.
Tirando Octavia que é sempre um prazer ver muito mais quando está versão badass esta narrativa do bunker é a que menos me agrada mas, compreendo, que tem de ser mostrada. Vamos lá despachar isto e por tudo à superficie novamente. 🙂
GostarGostar
Por acaso achei o único episódio no bunker desta temporada até agora muito melhor do que os dois na superfície. Mas é como dizes, o que eu espero é que vá tudo para a superfície o mais rápido possível.
GostarGostar
Episódio muito bem conseguido, apenas com “uma” falha: a morte do Jaha merecia ter sido às mãos de alguma personagem central da história.
A Octavia dominou completamente o episódio 😀
GostarGostar
Completamente de acordo rmso85. Foi uma morte completamente sem chama para uma personagem tão importante como o Jaha.
GostarGostar
Por acaso tenho de dizer que achei o episódio bem chatinho. Excepto a cena da luta da Octavia because… damn!
GostarGostar