O sprint final de “New Girl” está aqui com dois episódios emitidos no mesmo dia… com pouca relação entre eles.
A emissão dupla de “New Girl” arranca com “Godparents”, dedicado a diferentes ocasiões em que as personagens são postas à prova no seu papel de pais ou padrinhos, com mais ou menos sucesso. A sessão continua com “Mario” o clássico episódio recheado de peripécias que atrasam o momento que há muito esperamos: o pedido de casamento de Nick a Jess, com os seus melhores amigos a assistir… e um cão!
Começamos então pelo 5.º episódio, nos 20 minutos mais recheados de conteúdo possíveis, com Jess a ser nomeada Madrinha de Ruth. A escolha é mais que óbvia mas levanta um alerta para Nick que durante o episódio tenta compensar o seu histórico com cenas à Nick. Como se as suas aventuras não fossem suficientes junta-se ainda o regresso ao trabalho de Schmidt, Cece em modo stay-at-home-mum (durante uma semana) e Winston a lidar com a ansiedade de se tornar pai com a ajuda de Jess. Foi um episódio que trouxe vários momentos de introspecção para as personagens o que levou a algum crescimento, mantendo ainda assim o tom cómico e bastante comédia física como esta série tão bem tem feito nos últimos tempos. Um óptimo exemplo de como as personagens podem amadurecer, formar famílias, ter compromissos sérios mas ainda assim manter o seu espírito vivo.
Passando depois para “Mario”, um episódio menos bem conseguido mas que serviu o seu propósito, pôr Nick e Jess noivos. Nesta fase, depois de tantas temporadas e tantos encontros e desencontros, ter mais um episódio inteiro a atrasar este momento foi um pouco forçado, especialmente por lidar ao mesmo tempo com ocasiões igualmente importantes para as restantes personagens. Winston arranja então uns óculos que lhe permitem ver cor e entra assim numa hilariante descoberta das true colours do mundo e Schmidt e Cece têm uma primeira verdadeira saída a dois cujas ambições parecem bem diferentes. Ambos as histórias são extremamente divertidas – aqueles vídeos da Cece! – quase ofuscando a tentativa de Jess adoptar um cão ao mesmo tempo que Nick a tenta pedir em casamento. Honestamente esta vertente exagerada de Jess (quase naquele modo “adorkable” da 1.ª temporada) não é a que mais me chama por isso a narrativa este quase no limiar do irritante.
No fim, no entanto, o que acaba por importar é a big picture e agora que estamos mesmo a acabar estas questões acabam por ficar esquecidas no meio de tantas ocasiões para rir que estas personagens nos dão e pelo esforço que os argumentistas têm feito para pegar em pormenores que são especialmente importantes para os fãs e voltar a dar-lhes um último vislumbre. I’ve had the time of my lifeeeee!
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