E assim nos despedimos de “New Girl”, 7 anos depois das críticas terem começado aqui no TVDependente. Como assim velha? Vocês é que são velhos!
Quando nos despedimos de “New Girl” na temporada passada o último episódio poderia perfeitamente ter sido a series finale da série que não ficaria nada mal servida. No entanto a FOX decidiu dar estes últimos minutos a Liz Meriwether & Co. para criar uma despedida que se adapta muito mais ao estilo over the top que a série nos habituou até aqui e que mostra a sua verdadeira essência para além do “viveram felizes para sempre”.
Começamos então com o dia do casamento que, como não podia deixar de ser, corre de forma bastante agitada. As piscadelas de olhos a temporadas passadas são muitas, com Russell a tentar conquistar Jess de volta, os cartões do estacionamento e mesmo a música que ouvimos na longínqua 1.ª temporada. Se esta confissão de Russell nesta altura pareceu um pouco forçada demais acabou por valer a pena ao trazer consigo alguma tensão e momentos cómicos ao mesmo tempo. Os entraves criados à volta da ocasião mostram como a relação entre os dois tem sido até aqui e este casamento improvisado revela muito mais sobre a série do que se tivesse sido uma ocasião altamente romântica e exagerada.
Consumado que está o momento – um pouco rápido demais talvez – partimos assim para a verdadeira despedida, o momento de encerrar o loft com todas as memórias que lá ficaram. À semelhança do que outras séries fizeram – veio muito à memória a despedida de “Friends” com aquela visita à varanda – estes últimos minutos serviram para evocar as histórias lá passadas, fortalecer as amizades mas, mais importante que tudo isso, vermos um último jogo de True American. Como se esta referência não fosse suficiente os argumentistas ainda deram um passo em frente com um sonho futurista que talvez seja real em que vemos este grupo já mais envelhecido mas mantendo esta tradição com os seus filhos. Uma forma perfeita de deixar as portas abertas para os fãs decidirem se será “verdade” ou apenas fantasia.
A despedida poderia ficar por aqui, empacotadas as últimas caixas para um novo apartamento e uma nova vida conjunta com todas as personagens bem encaminhadas mas não seria “New Girl” na sua essência. Em vez disso entregam-nos um “twist” final do mestre das partidas falhadas, Winston Bishop. Afinal tudo não passou de um esquema altamente complexo do rei das partidas, o Prank Sinatra de serviço que decidiu criar aqui a sua “My Greatest Prank”. E assim, sem momentos lamechas de despedida, “New Girl” deixa-nos da melhor forma… “I think it was just right.”