Após uns meses de interregno forçado, aqui vem um especial arreliador temático a cada uma das áreas às quais normalmente destilamos mel e fel.
Hoje, só coisas Más…
O Mau
Shitcoms everywear
Cada vez tenho menos paciência para a publicidade enganosa e para séries sobre zombies. Quando vejo uma promo de uma sitcom que promete mundos de gargalhadas, sei que encontrarei universos de lugares comuns sem piada.
Quando regresso a algumas séries que nos dizem serem clássicos imbatíveis do humor como “Modern Family” e, especialmente “The Big Bang Theory”, sei que na realidade, estou a ver uma série sobre zombies. E, acreditem, já não tenho paciência nenhuma para o culto das séries/filmes sobre aquele sub-sub-universo.
Mas será que ninguém tem piedade e acaba com aquilo?
100 remédio
“The 100” podia ter sido muito interessante. E, a espaços, foi. Mas desde a temporada passada que se assumiu claramente como um produto fast food, no qual a coerência foi mandada às urtigas. O final da temporada passada foi penoso. Muito penoso. A presente temporada é um embuste total. Sem chama, sem interesse, cada vez mais construída numa lógica de choque no qual impera o espírito dos reality shows, que hipotecou as idiossincrasias dos diversos personagens. Enfim uma completa decepção, um completo desperdício de tempo.
Desisti.
Aliás, como já o fiz com “Supernatural”, com “Izombie”, com “Designated Survivor”, com “Quantico” e com tantas, tantas outras que pululam num rol de decepções acintosas.
C’est la vie…
“Timeless” um eterno sinal de que a esperança não tem lugar no universo televisivo
Dentro da ficção científica “The 100” continua a destilar desgraças e a anunciar o fim do mundo sem qualidadezinha nenhuma. Outras não se conseguem aguentar independentemente dos méritos que têm. “Timeless” é um guilty pleasure, uma das séries de ficção científica… digamos que nobres.
Claramente dentro do espírito da série B do cinema clássico americano. Bastante frágil em vários aspectos. Com muitos lugares comuns. Mas era honesta, procurava divertir, não fazia o espectador de parvo. Nesse sentido é uma série clássica. E acredito que se tornará uma série de culto. Não se salvou, nem ninguém a salvou. É pena. Fala-se de um filme para a concluir, mas que igualmente parece que não terá pernas para andar. Também é pena!
Mas ninguém disse que as televisões e as audiências são justas…
Talvez Nim
Não irei falar dos muitos nem sim, nem não que existem. Apenas de alguns, muito telegraficamente. Desde logo os segmentos noticiosos que parecem não saber onde se situar, cada vez mais com uma crise de identidade. Num mesmo serviço noticioso, temos excelentes reportagens (ou, vá lá, boas) como pessimamente inenarráveis reportagens. Temos coberturas que procuram ser sérias e profundas, mas que inevitavelmente lá chamam um transeunte ao acaso para opinar ocamente no vácuo ou dão uns retoques para que se chame uma ou outra lágrima, ou pior: faz-se uma pergunta que já conduz à resposta que ser quer polémica. Como por exemplo, “Não acha que o estado devia estar a limpar as matas sob pena de se repetirem os incêndios?”. Desonesto.
O mesmo acontece com os comentadores televisivos dos horários nobres: tanto nos presenteiam com interessantes considerações, feitas daquela forma porque preparadas e maturadas, como, pelo contrário, nos agridem com preconceitos e pré-conceitos generalistas e recalcados que ofendem quem se dedica e são injustas para com determinadas situações ou classes. Quem tem tempo de antena, deveria perceber que a agenda pessoal e as antipatias pessoais e classistas não deveriam ocupar espaço em programas de informação mesmo que com o escudo de “Opinião”.
Probably Maybe
Os spin offs que recentemente surgem e que têm valor desigual. Ainda é cedo mas algumas séries que apareceram recentemente parecem ter pernas para andar. Outras para não andar, mas que por certo irão continuar. Pelo que tenho visto o universo “Anatomia de Grey” continua a dar cartas no que respeita ao apelo das audiências. Assim como aquela coisa dos “Chicago”. É tudo mais do mesmo, mas em pior…
Claro que nem todas podem ter o destino traçado nas estrelas como “Breaking Bad”. Ou aquele caso de sucesso que é o spin off de “Lost” e que se chama “The 100” e que é tãããão mau.
1986
Valeu pelo esforço, pela Banda Sonora, pelo hype, pela nostalgia. Mas sejamos directos: esteve aquém do expectável. Acredito que actualmente a ficção portuguesa tem os recursos técnicos e humanos para fazer melhor. O que terá falhado, então? Bom, no limite as minhas expectativas estarem mais altas do que seria recomendável.
Concordo plenamente !!!!!
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Sou fã dos Chicagos!!! 🙂
The 100 está assim meia trapalhona, é um facto.
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