Todos já o sabemos de cor e salteado: todos os anos, com a chegada de uma nova temporada televisiva norte-americana chegam novas séries sobre o dia-a-dia de médicos, polícias e advogados. Há sempre uma, duas ou três, ou até quatro ou cinco assentes nestas temáticas e, com tudo o que já foi feito, raramente encontramos algo a que possamos chamar de minimamente original. “New Amsterdam” não é excepção.
O que esta nova série da NBC é, na verdade, é tudo aquilo que se esperaria. Protagonistas atraentes (neste caso, Ryan Eggold e Janet Montgomery, entre outros) que por acaso são médicos, elenco etnicamente diversificado (como se impõe), casos médicos a roçar o absurdo para criar tensão e um rol de personagens cujas vidas são recheadas de problemas para que se possa criar muito melodrama. Porque é isso que se quer neste tipo de séries: fazer a audiência identificar-se e forçar lágrimas sempre que se possa, mostrando que quer se seja um médico de gabarito, pessoal de limpeza ou um jovem africano usado para cometer um acto de terrorismo, todos são humanos e têm mais em comum do que se pensa.
Obviamente que com séries deste género o nível de expectativa é mínimo, logo os sentimentos de ludíbrio e rejeição são menores. Se se engraçar com os personagens e se se tiver paciência para as histórias recicladas, o tempo gasto talvez nem se sinta como desperdiçado. Quiçá, podendo até tornar-se num daqueles guilty pleasures que servem como companhia naqueles dias complicados após um longo dia de trabalho em que a vontade maior é sentar no sofá e meter o cérebro de molho.
Um pensamento em “Pilot Season: “New Amsterdam” não desilude quanto a ser mais do mesmo”