“A Little Million Things” é a nova proposta da ABC para fazer aumentar as vendas da indústria de lenços de papel. Numa altura em que “This Is Us” detém quase a totalidade dos direitos das lágrimas dos espectadores mais predispostos a deixarem-se influenciar por melodrama, chega uma alternativa ao manipulativo mundo da ficção assente no “agora vamos fazer-te sentir mal, para depois fazer-te sentir bem e mais tarde voltar a fazer-te sentir mal”.
Detentora de um dos melhores elencos desta nova fornada televisiva, composto por uma mão cheia de caras facilmente reconhecíveis por qualquer aficionado da televisão norte-americana, a série não só não o desperdiça como continuamente o coloca à prova.
Com uma premissa assente no suicídio (é difícil escrever sobre esta série sem revelar estes spoilers), na depressão, no cancro, nas relações de amizade que se revelam menos profundas do que aparentam, na deterioração das relações familiares, mas também no fortalecimento de laços perante a adversidade e a tragédia, nas segundas oportunidades, e num “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”, “A Little Million Things” é aquela típica soap norte-americana que nos quer ensinar coisas sobre a vida.
Revela-se, no entanto, pouco subtil na apresentação das suas ideias, carregando no melodramático sempre que pode, propondo uma viagem aos extremos das emoções onde parece não existir espaço para um meio-termo. Ora dá um murro no estômago, como logo a seguir reconforta, tornando-se uma viagem de montanha-russa que pode ser emocionante durante duas ou três voltas mas saturar nas seguintes.
O trailer revela logo esses spoilers.
Mas já cansa este recurso a flashbacks…
Bah
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Hum, pois… fiquei um pouco blah. Ao contrário de This is Us, esta surpreendeu-me pouco. Não senti ligação a nenhuma das personagens, o que me deixa um pouco de pé atrás…
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