Crónicas (T4): Nem todos os regressos do passado são sinais de futuro

Nada em ficção é definitivo. Nem a morte de um protagonista, nem a de um personagem, muito menos a de uma série. Façam um esforço e procurem lembrar-se de quantos regressos – ou revivals – vimos nos últimos dois anos. Pois foi, esses e muitos outros.

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Estreias em Linha: “I Feel Bad”, “Magnum P.I.”, “Manifest”, “Murphy Brown” e “Single Parents”

O “Estreias em Linha” é uma rubrica que permite acesso imediato, sem conversa nem spoilers, a opiniões incisivas sobre as novas séries que estreiam esta temporada. Todas as semanas, classificaremos cinco.  Esta semana, destacamos “I Feel Bad” (NBC), “Magnum P.I.” (CBS), “Manifest” (NBC), “Murphy Brown” (CBS) e “Single Parents” (ABC).

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Crónicas (T4): TVSéries – Homeless of HBO e o estado decrépito de (quase) todos os canais nacionais de séries de televisão

A perda, ainda não oficializada mas notória junto dos consumidores, do catálogo HBO por parte do TVSéries é mais um forte sinal que as plataformas de streaming estão determinadas em eliminar a concorrência. Basta ver o autêntico degredo em que se tornaram as grelhas de programação de quase todos os canais dedicados à exibição de ficção televisiva escrita que operam em território nacional para ter poucas dúvidas que o streaming é, mais que o futuro, o presente e que o modelo tradicional ou impõe a sua própria revolução (mas como?) ou progressivamente cairá no esquecimento. É que hoje temos Netflix e Amazon Prime e amanhã teremos HBO, quem sabe Hulu daqui a uns tempos e outros que tais. Para quê, então, gastar dinheiro para ou ter canais extra de séries ou um canal premium onde repetições até à exaustão de “Game of Thrones” e “Outlander” (imagino que isso se deva a não saberem que são feitas quase 500 novas séries por ano só nos EUA, fora ainda os excelentes conteúdos europeus que quase só quem trabalha na RTP2 conhece e todas as outras séries mais antigas, e melhores que estas, que o público português desconhece ou gostaria de rever), ou séries de terceira canceladas ao fim de poucos episódios como “The Defenders” e “King & Maxwell”, ou ainda banalidades como “Chicago Fire” e derivados, ocupam lugar privilegiado num canal que era suposto ser premium e não um AXN 2.0?

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Pilot Season: “A Discovery of Witches” não conta nada de novo, mas fá-lo com qualidade

O texto que se segue NÃO CONTÉM SPOILERS

A nossa obsessão por bruxas, vampiros e demónios é antiga e certamente será constante até ao fim dos tempos. O mundo do misticismo está tão enraizado na cultura que facilmente consegue seguidores e a ficção não se coíbe de o explorar em proveito próprio. “A Discovery of Witches”, série do Sky baseada na trilogia “All Souls” de Deborah Harkness, é uma das mais recentes apostas do género em conquistar público. E a manter a qualidade dos primeiros episódios (neste texto seria suposto expressar uma opinião baseada apenas na visualização do piloto, mas fiz batota e já vi três), bastará encontrar uma plataforma que lhe dê maior visibilidade e rapidamente se tornará um fenómeno de popularidade.

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Pilot Season: “Manifest” sofre do síndrome de querer ser tudo

O texto que se segue CONTÉM SPOILERS

“Manifest” é a primeira nova proposta de ficção científica/mistério desta temporada televisiva norte-americana e parece não ter aprendido nada com os erros das suas predecessoras. Aliás, há quase como que uma maldição partilhada entre quatro dos cinco principais canais em sinal aberto norte-americanos (*), em que séries do género falham sucessivamente em convencer as audiências graças a cometerem o mesmo tipo de erros. Exemplo disso, é que tudo o que poderíamos escrever sobre “The Crossing” aqui há uns meses poderíamos voltar a escrevê-lo hoje sobre “Manifest”.

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Pilot Season: “A Little Million Things” quer roubar as lágrimas que até agora pertenciam quase exclusivamente a “This Is Us”

O texto que se segue NÃO CONTÉM SPOILERS

“A Little Million Things” é a nova proposta da ABC para fazer aumentar as vendas da indústria de lenços de papel. Numa altura em que “This Is Us” detém quase a totalidade dos direitos das lágrimas dos espectadores mais predispostos a deixarem-se influenciar por melodrama, chega uma alternativa ao manipulativo mundo da ficção assente no “agora vamos fazer-te sentir mal, para depois fazer-te sentir bem e mais tarde voltar a fazer-te sentir mal”.

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Pilot Season: “New Amsterdam” não desilude quanto a ser mais do mesmo

O texto que se segue NÃO CONTÉM SPOILERS

Todos já o sabemos de cor e salteado: todos os anos, com a chegada de uma nova temporada televisiva norte-americana chegam novas séries sobre o dia-a-dia de médicos, polícias e advogados. Há sempre uma, duas ou três, ou até quatro ou cinco assentes nestas temáticas e, com tudo o que já foi feito, raramente encontramos algo a que possamos chamar de minimamente original. “New Amsterdam” não é excepção.

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Estreias em Linha: “Kidding”, “Maniac”, “Sorry For Your Loss”, “The First” e “The Purge”

O “Estreias em Linha” é uma rubrica que permite acesso imediato, sem conversa nem spoilers, a opiniões incisivas sobre as novas séries que estreiam esta temporada. Todas as semanas, classificaremos cinco.  Estamos de volta e, esta semana, destacamos “Kidding” (Showtime), “Maniac” (Netflix), “Sorry For Your Loss” (Facebook Watch), “The First” (Hulu) e “The Purge” (USA Network).

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American Vandal (T2): “It’s poop. But it goes a lot deeper than that”

O texto que se segue NÃO CONTÉM SPOILERS

“Who is The Turd Burglar?”. São das premissas mais ridículas, aquelas que encontramos em “American Vandal” e, no entanto, a série do Netflix é uma das melhores comédias da actualidade. Mais do que o humor corriqueiro resultante dos actos de desenhar pénis em carros ou causar uma caganeira geral, é no sóbrio e acutilante reflexo social que estas histórias se transcendem.

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