Pilot Season: The Romanoffs (Amazon)

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Desde que entrámos na chamada “época de ouro” da televisão que há muita tendência para dizer que uma série, por ser tão boa, é mais como se fosse um filme. Deixando de lado o facto de que os telefilmes já existem há muito, esta mania de considerar o cinema superior à TV é, nos dias que correm, cada vez mais difícil de defender, tendo em conta a chegada em massa de grandes estrelas de Hollywood à TV. Mas e se, de repente, uma série contrariasse esta tendência? E se, uma série realmente fosse como um “pequeno filme”? Pois bem, parece finalmente temos isso, e o seu nome é “The Romanoffs”.
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Pilot Season: “A Discovery of Witches” não conta nada de novo, mas fá-lo com qualidade

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A nossa obsessão por bruxas, vampiros e demónios é antiga e certamente será constante até ao fim dos tempos. O mundo do misticismo está tão enraizado na cultura que facilmente consegue seguidores e a ficção não se coíbe de o explorar em proveito próprio. “A Discovery of Witches”, série do Sky baseada na trilogia “All Souls” de Deborah Harkness, é uma das mais recentes apostas do género em conquistar público. E a manter a qualidade dos primeiros episódios (neste texto seria suposto expressar uma opinião baseada apenas na visualização do piloto, mas fiz batota e já vi três), bastará encontrar uma plataforma que lhe dê maior visibilidade e rapidamente se tornará um fenómeno de popularidade.

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Pilot Season: “Manifest” sofre do síndrome de querer ser tudo

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“Manifest” é a primeira nova proposta de ficção científica/mistério desta temporada televisiva norte-americana e parece não ter aprendido nada com os erros das suas predecessoras. Aliás, há quase como que uma maldição partilhada entre quatro dos cinco principais canais em sinal aberto norte-americanos (*), em que séries do género falham sucessivamente em convencer as audiências graças a cometerem o mesmo tipo de erros. Exemplo disso, é que tudo o que poderíamos escrever sobre “The Crossing” aqui há uns meses poderíamos voltar a escrevê-lo hoje sobre “Manifest”.

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Pilot Season: “A Little Million Things” quer roubar as lágrimas que até agora pertenciam quase exclusivamente a “This Is Us”

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“A Little Million Things” é a nova proposta da ABC para fazer aumentar as vendas da indústria de lenços de papel. Numa altura em que “This Is Us” detém quase a totalidade dos direitos das lágrimas dos espectadores mais predispostos a deixarem-se influenciar por melodrama, chega uma alternativa ao manipulativo mundo da ficção assente no “agora vamos fazer-te sentir mal, para depois fazer-te sentir bem e mais tarde voltar a fazer-te sentir mal”.

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Pilot Season: “New Amsterdam” não desilude quanto a ser mais do mesmo

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Todos já o sabemos de cor e salteado: todos os anos, com a chegada de uma nova temporada televisiva norte-americana chegam novas séries sobre o dia-a-dia de médicos, polícias e advogados. Há sempre uma, duas ou três, ou até quatro ou cinco assentes nestas temáticas e, com tudo o que já foi feito, raramente encontramos algo a que possamos chamar de minimamente original. “New Amsterdam” não é excepção.

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Pilot Season: “The Purge” pede para ser purgada da TV

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O episódio-piloto de “The Purge” faz o que lhe compete: expõe a sua realidade (alternativa), dando a conhecer a quem não viu qualquer um dos quatro filmes aquilo que a diferencia daquela que conhecemos, onde existe um dia onde durante 12 horas se podem cometer todo o tipo de crimes, e apresenta as suas personagens, as pessoas que nos propõe seguir neste dia tão peculiar. Mas não só fá-lo sem alma nem carisma, deixando-se fazer refém do recontar de uma história, onde a única inovação parece ser quase que inspirada numa determinada série do Hulu bastante popular por estes dias, como desperdiça a oportunidade de aprofundar o universo por si criado.

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Pilot Season: The Terror (AMC)

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A História da Humanidade é feita de descobertas e conquistas, assente na exploração do planeta que mais do que movida por um sentido de aventura representava determinadas vantagens perante as restantes civilizações. E sempre houve um certo misticismo associado à exploração dos cantos mais recônditos da Terra, onde o fascínio pelo desconhecido levava frequentemente a extrapolações da realidade, atribuindo uma conotação sobrenatural (a explicação fácil) para determinados acontecimentos que na altura ainda não se compreendiam.

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Pilot Season: Trust (FX)

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O FX parece apostado em auto-proclamar-se como o canal das séries de antologia que exploram o mundo das famílias que controlam o mundo (também conhecidos como milionários, multi-milionários ou bilionários) e cuja marca na história além dos sucessos empresariais parece sempre recair em caricatos episódios de crime, sexo e drogas. Desta feita, com a contribuição da dupla de “Slumdog Millionaire” (Danny Boyle na realização e Simon Beaufoy no argumento), convidam-nos para um périplo pelas excentricidades da família Getty, onde Donald Sutherland pisca o olho ao segundo Emmy e Brendan Fraser e Hilary Swank (apesar desta não ter entrado no piloto e o primeiro ter tido pouco tempo de antena) encontram um veículo para recuperar as carreiras.

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Pilot Season: Rise (NBC)

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Jason Katims tem uma longa carreira na televisão norte-americana (foi ele que criou “Roswell”, por exemplo), mas foi com “Friday Night Lights” que conseguiu a devida atenção no meio. Mas se criar uma série que figure entre as melhores de sempre é um enorme feito para qualquer um, também implica uma cruz difícil de carregar. É que sempre que há um novo projecto ao qual se esteja associado, a expectativa é de um outro nível, esperando-se sempre, no mínimo, algo digno do patamar a que se ascendeu. No caso de Katims, essa cruz tem sido pesada. “Parenthood”, com um grande elenco, foi uma boa série, mas nunca se transcendeu. “The Path”  idem. De “About a Boy” e “Pure Genius” nem vale a pena falar. Com “Rise”, no entanto, Katims parece querer repetir a fórmula de FNL.

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